segunda-feira, agosto 30

Herói de Ninguém.

Tudo o que se fez e o que se viu
Todas as forças e as esperanças
Tudo o que se aprendeu e o que se ensinou
Não, não foi em vão,
Mas nem por isso foi útil.
Ninguém foi salvo por isso
e você não é o herói de ninguém.
O mundo não mudou por sua causa,
Mas você mudou por causa do mundo,
e de repente acabar com o sistema ficou pra depois
Esqueceu-se de suas convicções
Simplesmente por ser mais fácil sentar e esperar
Você se tornou aquilo que sempre odiou sem saber.
Talvez seja esse o destino de todos nós...

segunda-feira, agosto 2

Sonhos

É quando a realidade desaparece
Somem a dor, a angústia
a tristeza e o sofrimento
Criam-se asas.
Todos os objetivos, tudo que almejou
Se realiza em um piscar de olhos.
Sonhos.
Triste aquele que sonha
Pois um dia se acorda
Voltam a dor e a angústia
a tristeza e o sofrimento
e, quando percebe, as asas se partiram
Tudo que lutou para conquistar se acaba, desaparece.
Mais triste ainda é quem não sonha,
Pois, não pode dizer nunca, nem mesmo por um instante que foi feliz.

quinta-feira, julho 15

A verdade de viver.

A noite caíra há muito e junto com ela, as lágrimas.
Porque chorava?
Não se sabia, apenas chorava.
Gritavam-lhe, dentro do peito, angústias.
Angústias essas que não tinham causa,
Eram apenas notas desta melancólica sinfonia chamada "Existir"
Com instrumentos que mais parecem os utilizados por carrascos,
Pela agonia por aqueles proporcionada,
Mas, por mais sinistra que seja essa melodia,
Tem algo de bonito em todo esse estúpido desespero
Por esse eterno paradoxo,
Continua todos os dias a chorar,
Mas sem nunca desejar morrer.

terça-feira, julho 13

Morreu.

Morreu o coração do poeta!
Morreu porque não lhe foi dada a compreensão de seu amor.
Morreu.
O romantismo dentro de si deu espaço para o realismo,
O brilho de sua alma, se ofuscou pela sujeira do mundo.
E de repente, quando percebeu, seu coração, sempre em carne viva, tornou-se nada além de um pedaço de pedra, inútil.
Quão triste é a morte deste coração!
Não lhe descansa nem mesmo uma rosa sobre o túmulo.
Pois junto estão enterrados, o amor, a flor e o sorriso.
Mas quão engraçado é a morte deste coração, que tão facilmente pode renascer, como uma fenix que volta das cinzas.
A pedra se transforma em carne viva.
A flor brota e desabrocha com uma beleza nunca antes vista.
Giram-se os ponteiros e volta o tempo, morre-se o realismo e reina-se o romantismo.
O que era sujo torna-se limpo, e o que até então estava morto, torna-se vivo.
Mais vivo do que jamais esteve.
Bastam apenas três palavras, não necessariamente sinceras, apenas três palavras.